Confesso que não estava a contar ter tempo para vos escrever. Acontece que estou em Leiria, na minha casa. Num espaço que, só de entrar nele, me deu energias para os próximos tempos. O tempo acabou assim por ajudar, e se o sono me vencia há umas horas, agora consigo escrever-vos.
Como surgiu a ideia?
A cada novo livro, a pergunta de como surgiu a ideia aparece. Com isto, aquele pensamento agitado de tentar perceber o “como” idealizei todo o esqueleto da história surge à superfície, levando-me a refletir com vocês o que me motivou a escrever a história de Francisca e Daniel.
“A realidade veio ter comigo e limitei-me a dar-lhe voz.“
Na altura, em 2017, não só estava na beira de assinar com uma nova editora (a respeito do Esquecido), como terminava a minha licenciatura. O estágio, tendo sido realizado no Município, acabou por se relevar profícuo em novas ideias face ao contacto que tive com novas problemáticas. Neste sentido, foi a história de um jovem que me perturbou. Não somente por não ter a ideia crua de que a sua realidade era verdadeira, como é, infelizmente, transversal a muitos jovens do nosso país.
Sei que estou a ser enigmático neste ponto…, afinal de contas isso iria revelar detalhes cruciais da história. Mas o que quero aqui contar é que esta ideia acabou por surgir de uma forma mais palpável e realista do que as outras. A realidade veio ter comigo e limitei-me a dar-lhe voz. Foi quando percebi que quero escrever como forma de intervenção. De por meio da realidade, aliar a ficção, drama e romance, para encher o vosso pensamento de novas conceções.
Não foi assim em nenhum sonho ou sessão de acrobacias mentais. Foi o contacto com a realidade mais nua que me levou a perceber o quão queria escrever esta história para vocês. Não o o querer, mas o dever que senti.
Estou mesmo curiosa para ler. =)
Beijinhos!
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Espero que gostes!!
Beijinhos 😘
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